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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Revolução Industrial


   A Revolução Industrial é o processo de transformação da economia agrária, baseada no trabalho manual, em outra, dominada pela indústria mecanizada, que se caracteriza pelo uso de novas fontes de energia e de máquinas, pela especialização do trabalho, pelo desenvolvimento do transporte e da comunicação e pela aplicação da ciência na indústria. Ela teve início por volta de 1760, na Inglaterra, que dispõe de capital acumulado em razão da expansão comercial, da supermacia naval e das jazidas de ferro e carvão. Provoca mudanças profundas na sociedade: a terra deixa de ser a principal fonte de riqueza; a produção em larga escala gera um excedente que, com o tempo, é direcionado para o mercado internacional; a burguesia amplia seu poder econômico; e o capitalismo se desenvolve. Nascem duas classes opostas: os empresários, donos do capital e dos bens de produção, e os operários, que vendem sua força de trabalho em troca de salário. A Revolução Industrial também muda o caráter do trabalho. O homem se torna complemento da máquina e passa a receber um salário. A produção é dividida em etapas, e o trabalhador executa uma única tarefa.
   No início, os empresários impõem duras condições aos operários, como jornadas de 17 horas, para ampliar a produção e garantir o lucro crescente. Isso provoca revoltas e greves. Surgem organizações que reivindicam melhores condições de trabalho: os sindicatos.                                                    
   A partir de 1870, tem início a II Revolução Industrial, marcada pelo uso de novas fontes de energia (eletricidade e petróleo), pela substituição do ferro pelo aço e pela criação da linha de montagem, idealizada pelo empresário norte-americano Henry Ford (1863-1947), já no início do século XX. Ela se espalha para outros países, como os EUA e o Japão. Criam-se as estratégias de união de empresas para dominar o mercado, como trustes e cartéis.
   A III Revolução Industrial se dá a partir da década de 1950, com a disseminação de empresas multinacionais e da informatização, e surge também a energia nuclear. A indústria se aproxima de centros de pesquisa, criando áreas como microeletrônica, telecomunicações e química fina, e o capital concentra-se ainda mais em um pequeno número de grupos monopolistas, os oligopólios.

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