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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Crash de 1929


    A expansão do crédito bancário, e especulação financeira nos EUA e a superprodução deflagram uma grave crise econômica, que chega ao auge com a quebra da Bolsa de Nova York. Mais de 9 mil bancos e 85 mil empresas vão à falência e a cotação das ações cai em média 85% entre 1929 e 1932. A redução dos salários chega a 60% e o desemprego atinge 13 milhões de norte-americanos. A crise ganha dimensão mundial com a redução do crédito e a alta nas tarifas alfandegárias norte-americanas, o que provoca retração no comércio internacional.




quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tratado de Versalhes 1919


   Os países vencedores da I Guerra Mundial estabelecem o Tratado de Versalhes, que determina os termos de paz com a Alemanha, impondo-lhe severas penas. Pelos tratados de Saint-Germain e Trianon, o Império Austro-Húngaro é desmembrado e surgem a Hungria, a Tchecoslováquia, a Polônia e a Iugoslávia. A Áustria torna-se um pequeno Estado, sem poder significativo. A paz com o Império Turco-Otomano é selada no ano seguinte.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Revolução Russa


   No terceiro ano da I Guerra Mundial, estoura a Revolução Russa, que começa com a queda do czarismo e termina com a formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). O início ocorre em 27 de fevereiro de 1917, pelo calendário russo (12 de março, no ocidental), com a Revolução de Fevereiro, que força a abdicação do czar. Em 25 de outubro, pelo calendário russo, a Revolução de Outubro instaura a ditadura do proletariado, sob o comando bolchevique,entretanto na faze socialista.

                   A QUEDA DA MONARQUIA

Czar Nicolau II e sua família
    A Rússia anterior à revolução abriga vários povos. Seu território é propriedade da nobreza e 80% dos habitantes vivem no campo. O avanço da industrialização amplia o número de proprietários. Após a derrota na Guerra Russo-Japonesa, o ânimo popular fica exaltado, e estoura a Revolução de 1905. No Domingo Sangrento, uma manifestação pacífica é massacrada pelo Exército. Seguem-se greves e protestos. Operários, camponeses e soldados organizam-se em conselhos, os sovietes. O movimento reflui. Em 1906, o czar instala um Parlamento- a Duma.
                REVOLUÇÃO DE FEVEREIRO
   Os gastos com a I Guerra Mundial elevam preços e fomentam protestos, contidos com violência. A fome chega às cidades e há greves. A insatisfação eclode em 1917, na Revolução de Fevereiro, quando o Exército se nega a reprimir uma manifestação em Petrogrado. Enfraquecido, o czar Nicolau II abdica. Forma-se uma junta de governo liderada por um nobre, o príncipe Lvov. O país, porém, mantém-se na guerra, e os problemas continuam. Lvov acaba substituído por um socialista moderado, Aleksandr Kerenski, à frente de um governo amplo, com a participação dos mencheviques, ala moderada do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), defensora de reformas graduais. Os socialistas moderados eram majoritários sovietes, que se espalham, sobretudo nas cidades. A oposição bolchevique (ala esquerda do POSDR), liderada por Lênin, fortalece-se, e Leon Trótski, presidente do soviete Petrogrado, cria a Guarda Vermelha , formada por operários. Sob os lemas ''Pão, paz e terra'' e ''Todo o poder aos sovietes'', os bolcheviques defendem a retirada do país da guerra, a tomada do poder pelos conselhos e a reforma agrária.
         

 REVOLUÇÃO BOLCHEVIQUE
Exército Vermelho em marcha
    A resistência de Kerenski é vencida em 25 de outubro (7 de novembro). Os bolcheviques tomam o poder e instituem o Conselho dos Comissários do Povo, presidido por Lênin. Eles mudam o sistema político e econômico, dando terras aos camponeses. Dão o controle das fábricas aos operários, expropriam as indústrias e nacionalizam os bancos. Em 1918, Moscou passa a ser a capital do país, por estar mais protegida. O czar e a família são fuzilados. Em março, o governo assina a paz com a Alemanha e cede aos alemães a Polônia, a Ucrânia e a Finlândia. De 1918 a 1921, enfrenta a reação aramada de ampla frente que reúne de aristocratas a mencheviques. Os contrarrevolucionários, chamados Brancos, recebem ajuda do Reino Unido, da França, do Japão e, mais tarde, da Polônia. É a fase da Guerra Civil.
       

          CONSOLIDAÇÃO DA REVOLUÇÃO



     Trótski organiza o Exército Vermelho, responsável pela vitória na Guerra Civil, encerrada em 1921. Então, Lênin estabelece a Nova Política Econômica (NEP), misto de economia de mercado e socialista, visando a reconstruir a economia, destruída pelas guerras, que permite a criação de empresas privadas. A formação da URSS, em 1922, tem como objetivo manter unidos territórios do antigo Império Russo envolvidos na revolução. A morte de Lênin, em 1924, leva a uma luta pelo poder entre Tróstki e Josef Stálin. Tróstki defende a ampliação da revolução a outros países, enquanto Stálin quer implantar o socialismo só na URSS. Stálin vence e implanta o regime que será conhecido como stalinismo.

Império Russo antes da Revolução

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

I Guerra Mundial


   Conflito iniciado em 1914 como uma disputa local entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia, a I Guerra Mundial estende-se às potências da Europa e, por fim, envolve dezenas de países. A guerra acabou em 1918, causando a morte de mais de 8 milhões de soldados e 6,5 milhões de civis, totalizando um saldo de 14,5 milhões de mortos.
   Confrontam-se a Tríplice Aliança, liderada pela Alemanha, e a Tríplice Entente, que vence a guerra, liderada pela França. A Europa começa a perder sua liderança para os EUA, que ampliam seu papel nas negociações mundiais e passam a ser o centro de poder do capitalismo. A reorganização do cenário político no continente europeu e as condições impostas pelo Tratado de Versalhes ao perdedor, a Alemanha, levam à II Guerra Mundial. O mundo do pós-guerra assiste também à implantação do primeiro Estado socialista, a União Soviética (URSS).

                              ANTECEDENTES

   O choque de interesses imperialistas das nações europeias, aliado ao espírito nacionalista emergente, é o estopim do conflito. A Alemanha se torna o país mais poderoso da Europa Continental no começo do século XX, após a Guerra Franco-Prussiana (1870), pois a unificação da nação em 1871 propicia uma arrancada industrial. A potência ameaça os interesses do Reino Unido, da Rússia, e da França. As diferenças entre franceses e alemães são acirradas pela disputa do Marrocos.
   A anexação da Bósnia-Herzegóvina pelo austríacos, em 1908, causa a explosão do nacionalismo sérvio. Outros enfrentamentos, dessa vez Sérvia e Áustria, após as Guerras Balcânicas, aumentam a tensão. Em 1879, a Alemanha havia firmado com o Império Austro-Húngaro um acordo contra a Rússia. Três anos depois, a Itália, rival da França, aliou-se aos dois países, constituindo a Tríplice Aliança. A Tríplice Entente tem origem na Entente Cordiale, formada em 1904 pelo Reino Unido e pela França para se opor ao expansionismo germânico. Em 1907 conquista a adesão da Rússia.

                   O MUNDO EM GUERRA

   Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, sucessor do Império Austro-Húngaro, e sua esposa são assassinados durante a visita a Saravejo, na Bósnia-Herzegóvina, pelo estudante anarquista sérvio Gravilo Pincip. Confirmada a cumplicidades de políticos da Sérvia no atentado, o governo austríaco envia em julho um ultimato ao governo sérvio. Exige, entre outras medidas, a demissão de ministros suspeitos de envolvimento com o assassinato. Como a Sérvia reluta em atender às exigências, o país é invadido pelos austríacos em 1° de agosto.
   O complexo sistema de alianças que impera no continente conduz outros países ao conflito. A Rússia declara guerra à Áustria, e a Alemanha se junta às nações contra a Rússia. A França, ligada aos russos, mobiliza tropas contra os alemães. Em 3 de agosto de 1914, o mundo está em guerra. Outras nações tomam parte dela em seguida: o Reino Unido alia-se à França; a Turquia, do lado dos alemães, ataca os portos russos no mar Negro; e o Japão, interessado nos domínios germânicos no Extremo Oriente, engrossa o bloco contra a Alemanha.
     Ao lado da Entente entram outras 24 nações, estabelecendo uma ampla coalizão, conhecida como países Aliados. Já a Alemanha recebe a adesão do Império Turco-Otomano, rival da Rússia e da Bulgária, movida pelos interesses nos Bálcãs.  A Itália, embora pertencente à Tríplice Aliança, fica neutra no início e troca de lado em 1915, sob a promessa de receber parte do território turco e austríaco. Na frente ocidental, a guerra entre França e Alemanha não tem vitoriosos até 1918. Na frente oriental, os alemães abatem a Rússia. A insatisfação do povo russo provocam as condições para a Revolução de 1917.
     Com a derrota militar da Rússia consumada e o risco de a Alemanha avançar pela frente ocidental e atacar a França, os Estados Unidos entram na guerra e decidem o confronto. O objetivo do país na luta é preservar o equilíbrio de poder na Europa e evitar uma possível hegemonia alemã.
                       

                       A PAZ
     Em julho de 1918, as forças inglesas, francesas e norte-americanas lançam um ataque final. A guerra está praticamente vencida. A Turquia, a Áustria e a Bulgária se rendem. Os bolcheviques, que haviam assumido o poder na Rússia, já tinham assinado paz com a Alemanha, em março de 1918, pelo Tratado de Brest-Litovsk. A fome e a saúde precária da população alemã colocam o país à beira de uma revolução social. Com a renúncia do kaiser, exigida pelos EUA, um conselho provisório negocia a rendição em 11 de novembro de 1918, o que põe fim à guerra. Em 28 de janeiro de 1919 é assinado o Tratado de Versalhes.






segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Revolução Mexicana


   Independente desde 1821, o México só se consolida como Estado nacional entre 1876 e 1910, sob a ditadura de Porfírio Díaz (1830-1915). O país é dominado por uma aristocracia latifundiária, que oprime os camponeses e desagrada às classes médias urbanas. Em 1910, o latifundiário liberal Francisco Madero (1873-1913) capitaliza o descontentamento popular e se lança candidato à sucessão de Díaz. As eleições são fraudadas, Porfírio Díaz vence e tem início um levante popular.
   No norte do país, os rebeldes liderados por Doroteo Arango, conhecido como Pancho Villa (1878-1923), incorporam-se às tropas do general dissidente Victoriano Huerta (1854-1916). No sul, um exército de camponeses organiza-se sob o comando de Emiliano Zapata (1879-1919), e exige uma reforma agrária. Díaz é deposto em 1911 e Madero assume o poder.
   Madero enfrenta dissidências na elite e no campesinato. Zapata se recusa a deixar as armas enquanto não houver reforma agrária. Em 1913, Huerta depõe e assassina Madero e tenta reprimir os camponeses. Villa e Zapata retomas as armas apoiados por um movimento constitucionalista liderado pelo liberal Venustiano Carranza (1859-1920). Huerta é deposto em 1914, Carranza assume o poder e promove reformas sociais, mas a reforma agrária é de novo adiada. Em 1915, Villa e Zapata retomam as armas. Zapata é assassinado em 1919. Villa retira-se da luta em 1920 e é morto três anos depois.
   Carranza é deposto e morto em 1920. O general Álvaro Obregón (1880-1928) assume o poder e consolida a revolução. São formados sindicatos e firma-se a rede educacional.
    O general Lázaro Cárdenas, presidente nacionalista entre 1934 e 1940, aprofunda a reforma agrária e nacionaliza as empresas de petróleo e ferrovias. É sucedido por Manuel Ávila Camacho, que dá inicio a uma faze de desenvolvimento industrial.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Conferência de Berlim 1885


   A Conferência de Berlim reparte quase todo o território da África entre as potências imperialistas europeias. A repartição não respeita os territórios originais dos diferentes povos, agrupando-os ou separando-os de forma arbitrária.

Guerra Franco-Prussiana 1871


Otto von Bismarck
   A Guerra Franco-Prussiana marca o fim da hegemonia francesa na Europa. Reagindo à intenção de Napoleão III de conquistar a Prússia (atual Alemanha), o chanceler prussiano Otto von Bismarck (1815-1898) derrota o Exército francês em 1871 e anexa a Alsácia e a Lorena. No mesmo ano e após guerras consecutivas, Bismarck efetiva a unificação alemã, integrando os Estados germânicos no II Reich (II império).