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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Reforma Protestante


  A Reforma Protestante é uma movimento de caráter religioso, político e econômico que surge na Europa no século XVI. Contesta a estrutura e os dogmas da Igreja Católica e rompe a unidade do cristianismo, dando origem às religiões ditas protestantes. Os reformistas rejeitam a pretensão da Igreja de ser o único acesso ao mundo religioso, questionam a supremacia papal e criticam a venda de indulgências para livrar os fiéis do pecado.
   Ela ocorre paralelamente ao Renascimento (influenciada pelo pensamento humanista), à passagem do feudalismo pelo mercantilismo (que cria a necessidade de uma religião que não veja a usura como pecado) e ao fortalecimento das monarquias nacionais europeias (que querem acabar com os privilégios da Igreja). Os precursores foram os críticos da Igreja John Wycliffe, na Inglaterra, e Jan Huss, na Boêmia, região do Sacro Império Romano-Germânico.
   O primeiro reformista é o alemão Martinho Lutero (1483-1546). A partir de 1517, ele prega a substituição do poder eclesiástico pelo do Estado, a simplificação da liturgia e o fim do celibato clerical e do culto às imagens. É excomungado, mas suas ideias se difundem rapidamente, provocando guerras no Sacro Império Romano-Germânico e terminando com a aceitação do luteranismo pelo imperador.
   Seguem-se os outros dois movimentos, que surgem em 1534. Na França, o religioso João Calvino (1509-1564) prega que o homem deve buscar o lucro por meio do trabalho e de uma vida regrada, que também seriam formas de louvar a Deus. Na Inglaterra, após de ter um pedido de divórcio negado pelo papa e interessado em se sobrepor à autoridade católica em seu país, o rei Henrique VIII (1491-1547) funda a Igreja Anglicana.


             CONTRARREFORMA


  A reação da Igreja Católica à Reforma Protestante fica conhecida como Contrarreforma. Em 1545, o papa Paulo III convoca o Concílio de Trento, que se estende até 1563, para defender a disciplina eclesiástica e a unidade da Igreja. Ele regula as obrigações do clero e limita o excesso de luxo na vida dos religiosos. Também institui o índice de livros proibidos, que relaciona as obras que os católicos não poderiam, sob pena de excomunhão. O órgão encarregado da repressão às heresias e da aplicação das medidas da Contrarreforma é a Inquisição. Para efetivar as mudanças, a Igreja cria ou reorganiza ordens religiosas, como a Companhia de Jesus.



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