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sábado, 1 de dezembro de 2012

Cruzadas (1095-1270)


  As cruzadas foram expedições militares formadas por cavaleiros e comandadas por nobres, príncipes e reis cristãos europeus entre o século XI e XIII. Oficialmente, seu objetivo era propagar o cristianismo, combater os muçulmanos e cristianizar os territórios da Ásia Menor (região da atual Turquia) e a Palestina, ocupados por tribos turcas, mas as motivações eram políticas e econômicas.
   A primeira das oito cruzadas ocorre entre 1096 e 1099 e é um grande sucesso. Após caminharem 3 mil quilômetros, as tribos cristãs convocadas pelo papa Urbano II conquistam Jerusalém. Mas, no século seguinte, os muçulmanos retomam a cidade santa, e os cruzados começam colecionar derrotas. Uma das mais trágicas é a das Cruzadas das Crianças, de 1212, quando milhares de adolescentes são enviados à guerra e acabam sendo massacrados.
  Após décadas de guerra, as expedições dos cruzados terminam por reabrir a navegação no Mediterrâneo aos europeus e intensificam as relações econômicas entre o Ocidente e o Oriente. Além disso, contribuem para despertar nos europeus a consciência de uma unidade cultural, o que evolui para a formação dos Estados nacionais a partir do século XIII. Assim, as Cruzadas tem participação decisiva para o fim do feudalismo na Europa.
Perceba o formato da espada
do soldado muçulmano (em formato de lua,
símbolo do islâ).
Perceba o formato da espada do cavaleiro templário
(em formato de cruz, símbolo cristão) 















                                          CAVALEIROS TEMPLÁRIOS (1118-1312)


   Hugues de Payns funda a Ordem dos Cavaleiros Templários, depois da conquista de Jerusalém na primeira cruzada. Inicialmente conhecidos como Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão, seu propósito era proteger a viagem dos cristãos à Palestina. Com o tempo, os membros da ordem tornam-se poderosos e conquistam propriedades em toda Europa, principalmente na França. A instituição é abolida em 1312, acusada de heresia pela Inquisição, e seus bens foram confiscados.






3 comentários:

  1. A chamada “Cruzada das Crianças” de 1212 nem foi uma Cruzada nem consistiu num exército de crianças. Foi uma onda de entusiasmo religioso especialmente prolongada na Alemanha que levou alguns jovens – na maior parte adolescentes – a se autoproclamarem Cruzados e começarem a marchar rumo ao Mediterrâneo. Ao longo do caminho foram recebendo grande apoio popular, e a companhia de não poucos bandoleiros, ladrões e mendigos. O movimento se desmembrou quando chegou à Itália e terminou quando o mar se recusou a abrir-se para dar-lhes passagem... O Papa Inocêncio III não convocou essa tal “Cruzada”, pelo contrário: pediu insistentemente para que os não combatentes ficassem em casa e apoiassem o esforço de guerra apenas com jejuns, orações e esmolas. Nesse episódio, depois de louvar o zelo e a disposição desses jovens que tinham marchado até tão longe, mandou-os de volta para casa.

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