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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

I Guerra Mundial


   Conflito iniciado em 1914 como uma disputa local entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia, a I Guerra Mundial estende-se às potências da Europa e, por fim, envolve dezenas de países. A guerra acabou em 1918, causando a morte de mais de 8 milhões de soldados e 6,5 milhões de civis, totalizando um saldo de 14,5 milhões de mortos.
   Confrontam-se a Tríplice Aliança, liderada pela Alemanha, e a Tríplice Entente, que vence a guerra, liderada pela França. A Europa começa a perder sua liderança para os EUA, que ampliam seu papel nas negociações mundiais e passam a ser o centro de poder do capitalismo. A reorganização do cenário político no continente europeu e as condições impostas pelo Tratado de Versalhes ao perdedor, a Alemanha, levam à II Guerra Mundial. O mundo do pós-guerra assiste também à implantação do primeiro Estado socialista, a União Soviética (URSS).

                              ANTECEDENTES

   O choque de interesses imperialistas das nações europeias, aliado ao espírito nacionalista emergente, é o estopim do conflito. A Alemanha se torna o país mais poderoso da Europa Continental no começo do século XX, após a Guerra Franco-Prussiana (1870), pois a unificação da nação em 1871 propicia uma arrancada industrial. A potência ameaça os interesses do Reino Unido, da Rússia, e da França. As diferenças entre franceses e alemães são acirradas pela disputa do Marrocos.
   A anexação da Bósnia-Herzegóvina pelo austríacos, em 1908, causa a explosão do nacionalismo sérvio. Outros enfrentamentos, dessa vez Sérvia e Áustria, após as Guerras Balcânicas, aumentam a tensão. Em 1879, a Alemanha havia firmado com o Império Austro-Húngaro um acordo contra a Rússia. Três anos depois, a Itália, rival da França, aliou-se aos dois países, constituindo a Tríplice Aliança. A Tríplice Entente tem origem na Entente Cordiale, formada em 1904 pelo Reino Unido e pela França para se opor ao expansionismo germânico. Em 1907 conquista a adesão da Rússia.

                   O MUNDO EM GUERRA

   Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, sucessor do Império Austro-Húngaro, e sua esposa são assassinados durante a visita a Saravejo, na Bósnia-Herzegóvina, pelo estudante anarquista sérvio Gravilo Pincip. Confirmada a cumplicidades de políticos da Sérvia no atentado, o governo austríaco envia em julho um ultimato ao governo sérvio. Exige, entre outras medidas, a demissão de ministros suspeitos de envolvimento com o assassinato. Como a Sérvia reluta em atender às exigências, o país é invadido pelos austríacos em 1° de agosto.
   O complexo sistema de alianças que impera no continente conduz outros países ao conflito. A Rússia declara guerra à Áustria, e a Alemanha se junta às nações contra a Rússia. A França, ligada aos russos, mobiliza tropas contra os alemães. Em 3 de agosto de 1914, o mundo está em guerra. Outras nações tomam parte dela em seguida: o Reino Unido alia-se à França; a Turquia, do lado dos alemães, ataca os portos russos no mar Negro; e o Japão, interessado nos domínios germânicos no Extremo Oriente, engrossa o bloco contra a Alemanha.
     Ao lado da Entente entram outras 24 nações, estabelecendo uma ampla coalizão, conhecida como países Aliados. Já a Alemanha recebe a adesão do Império Turco-Otomano, rival da Rússia e da Bulgária, movida pelos interesses nos Bálcãs.  A Itália, embora pertencente à Tríplice Aliança, fica neutra no início e troca de lado em 1915, sob a promessa de receber parte do território turco e austríaco. Na frente ocidental, a guerra entre França e Alemanha não tem vitoriosos até 1918. Na frente oriental, os alemães abatem a Rússia. A insatisfação do povo russo provocam as condições para a Revolução de 1917.
     Com a derrota militar da Rússia consumada e o risco de a Alemanha avançar pela frente ocidental e atacar a França, os Estados Unidos entram na guerra e decidem o confronto. O objetivo do país na luta é preservar o equilíbrio de poder na Europa e evitar uma possível hegemonia alemã.
                       

                       A PAZ
     Em julho de 1918, as forças inglesas, francesas e norte-americanas lançam um ataque final. A guerra está praticamente vencida. A Turquia, a Áustria e a Bulgária se rendem. Os bolcheviques, que haviam assumido o poder na Rússia, já tinham assinado paz com a Alemanha, em março de 1918, pelo Tratado de Brest-Litovsk. A fome e a saúde precária da população alemã colocam o país à beira de uma revolução social. Com a renúncia do kaiser, exigida pelos EUA, um conselho provisório negocia a rendição em 11 de novembro de 1918, o que põe fim à guerra. Em 28 de janeiro de 1919 é assinado o Tratado de Versalhes.






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