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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Crash de 1929


    A expansão do crédito bancário, e especulação financeira nos EUA e a superprodução deflagram uma grave crise econômica, que chega ao auge com a quebra da Bolsa de Nova York. Mais de 9 mil bancos e 85 mil empresas vão à falência e a cotação das ações cai em média 85% entre 1929 e 1932. A redução dos salários chega a 60% e o desemprego atinge 13 milhões de norte-americanos. A crise ganha dimensão mundial com a redução do crédito e a alta nas tarifas alfandegárias norte-americanas, o que provoca retração no comércio internacional.




quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tratado de Versalhes 1919


   Os países vencedores da I Guerra Mundial estabelecem o Tratado de Versalhes, que determina os termos de paz com a Alemanha, impondo-lhe severas penas. Pelos tratados de Saint-Germain e Trianon, o Império Austro-Húngaro é desmembrado e surgem a Hungria, a Tchecoslováquia, a Polônia e a Iugoslávia. A Áustria torna-se um pequeno Estado, sem poder significativo. A paz com o Império Turco-Otomano é selada no ano seguinte.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Revolução Russa


   No terceiro ano da I Guerra Mundial, estoura a Revolução Russa, que começa com a queda do czarismo e termina com a formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). O início ocorre em 27 de fevereiro de 1917, pelo calendário russo (12 de março, no ocidental), com a Revolução de Fevereiro, que força a abdicação do czar. Em 25 de outubro, pelo calendário russo, a Revolução de Outubro instaura a ditadura do proletariado, sob o comando bolchevique,entretanto na faze socialista.

                   A QUEDA DA MONARQUIA

Czar Nicolau II e sua família
    A Rússia anterior à revolução abriga vários povos. Seu território é propriedade da nobreza e 80% dos habitantes vivem no campo. O avanço da industrialização amplia o número de proprietários. Após a derrota na Guerra Russo-Japonesa, o ânimo popular fica exaltado, e estoura a Revolução de 1905. No Domingo Sangrento, uma manifestação pacífica é massacrada pelo Exército. Seguem-se greves e protestos. Operários, camponeses e soldados organizam-se em conselhos, os sovietes. O movimento reflui. Em 1906, o czar instala um Parlamento- a Duma.
                REVOLUÇÃO DE FEVEREIRO
   Os gastos com a I Guerra Mundial elevam preços e fomentam protestos, contidos com violência. A fome chega às cidades e há greves. A insatisfação eclode em 1917, na Revolução de Fevereiro, quando o Exército se nega a reprimir uma manifestação em Petrogrado. Enfraquecido, o czar Nicolau II abdica. Forma-se uma junta de governo liderada por um nobre, o príncipe Lvov. O país, porém, mantém-se na guerra, e os problemas continuam. Lvov acaba substituído por um socialista moderado, Aleksandr Kerenski, à frente de um governo amplo, com a participação dos mencheviques, ala moderada do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), defensora de reformas graduais. Os socialistas moderados eram majoritários sovietes, que se espalham, sobretudo nas cidades. A oposição bolchevique (ala esquerda do POSDR), liderada por Lênin, fortalece-se, e Leon Trótski, presidente do soviete Petrogrado, cria a Guarda Vermelha , formada por operários. Sob os lemas ''Pão, paz e terra'' e ''Todo o poder aos sovietes'', os bolcheviques defendem a retirada do país da guerra, a tomada do poder pelos conselhos e a reforma agrária.
         

 REVOLUÇÃO BOLCHEVIQUE
Exército Vermelho em marcha
    A resistência de Kerenski é vencida em 25 de outubro (7 de novembro). Os bolcheviques tomam o poder e instituem o Conselho dos Comissários do Povo, presidido por Lênin. Eles mudam o sistema político e econômico, dando terras aos camponeses. Dão o controle das fábricas aos operários, expropriam as indústrias e nacionalizam os bancos. Em 1918, Moscou passa a ser a capital do país, por estar mais protegida. O czar e a família são fuzilados. Em março, o governo assina a paz com a Alemanha e cede aos alemães a Polônia, a Ucrânia e a Finlândia. De 1918 a 1921, enfrenta a reação aramada de ampla frente que reúne de aristocratas a mencheviques. Os contrarrevolucionários, chamados Brancos, recebem ajuda do Reino Unido, da França, do Japão e, mais tarde, da Polônia. É a fase da Guerra Civil.
       

          CONSOLIDAÇÃO DA REVOLUÇÃO



     Trótski organiza o Exército Vermelho, responsável pela vitória na Guerra Civil, encerrada em 1921. Então, Lênin estabelece a Nova Política Econômica (NEP), misto de economia de mercado e socialista, visando a reconstruir a economia, destruída pelas guerras, que permite a criação de empresas privadas. A formação da URSS, em 1922, tem como objetivo manter unidos territórios do antigo Império Russo envolvidos na revolução. A morte de Lênin, em 1924, leva a uma luta pelo poder entre Tróstki e Josef Stálin. Tróstki defende a ampliação da revolução a outros países, enquanto Stálin quer implantar o socialismo só na URSS. Stálin vence e implanta o regime que será conhecido como stalinismo.

Império Russo antes da Revolução

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

I Guerra Mundial


   Conflito iniciado em 1914 como uma disputa local entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia, a I Guerra Mundial estende-se às potências da Europa e, por fim, envolve dezenas de países. A guerra acabou em 1918, causando a morte de mais de 8 milhões de soldados e 6,5 milhões de civis, totalizando um saldo de 14,5 milhões de mortos.
   Confrontam-se a Tríplice Aliança, liderada pela Alemanha, e a Tríplice Entente, que vence a guerra, liderada pela França. A Europa começa a perder sua liderança para os EUA, que ampliam seu papel nas negociações mundiais e passam a ser o centro de poder do capitalismo. A reorganização do cenário político no continente europeu e as condições impostas pelo Tratado de Versalhes ao perdedor, a Alemanha, levam à II Guerra Mundial. O mundo do pós-guerra assiste também à implantação do primeiro Estado socialista, a União Soviética (URSS).

                              ANTECEDENTES

   O choque de interesses imperialistas das nações europeias, aliado ao espírito nacionalista emergente, é o estopim do conflito. A Alemanha se torna o país mais poderoso da Europa Continental no começo do século XX, após a Guerra Franco-Prussiana (1870), pois a unificação da nação em 1871 propicia uma arrancada industrial. A potência ameaça os interesses do Reino Unido, da Rússia, e da França. As diferenças entre franceses e alemães são acirradas pela disputa do Marrocos.
   A anexação da Bósnia-Herzegóvina pelo austríacos, em 1908, causa a explosão do nacionalismo sérvio. Outros enfrentamentos, dessa vez Sérvia e Áustria, após as Guerras Balcânicas, aumentam a tensão. Em 1879, a Alemanha havia firmado com o Império Austro-Húngaro um acordo contra a Rússia. Três anos depois, a Itália, rival da França, aliou-se aos dois países, constituindo a Tríplice Aliança. A Tríplice Entente tem origem na Entente Cordiale, formada em 1904 pelo Reino Unido e pela França para se opor ao expansionismo germânico. Em 1907 conquista a adesão da Rússia.

                   O MUNDO EM GUERRA

   Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, sucessor do Império Austro-Húngaro, e sua esposa são assassinados durante a visita a Saravejo, na Bósnia-Herzegóvina, pelo estudante anarquista sérvio Gravilo Pincip. Confirmada a cumplicidades de políticos da Sérvia no atentado, o governo austríaco envia em julho um ultimato ao governo sérvio. Exige, entre outras medidas, a demissão de ministros suspeitos de envolvimento com o assassinato. Como a Sérvia reluta em atender às exigências, o país é invadido pelos austríacos em 1° de agosto.
   O complexo sistema de alianças que impera no continente conduz outros países ao conflito. A Rússia declara guerra à Áustria, e a Alemanha se junta às nações contra a Rússia. A França, ligada aos russos, mobiliza tropas contra os alemães. Em 3 de agosto de 1914, o mundo está em guerra. Outras nações tomam parte dela em seguida: o Reino Unido alia-se à França; a Turquia, do lado dos alemães, ataca os portos russos no mar Negro; e o Japão, interessado nos domínios germânicos no Extremo Oriente, engrossa o bloco contra a Alemanha.
     Ao lado da Entente entram outras 24 nações, estabelecendo uma ampla coalizão, conhecida como países Aliados. Já a Alemanha recebe a adesão do Império Turco-Otomano, rival da Rússia e da Bulgária, movida pelos interesses nos Bálcãs.  A Itália, embora pertencente à Tríplice Aliança, fica neutra no início e troca de lado em 1915, sob a promessa de receber parte do território turco e austríaco. Na frente ocidental, a guerra entre França e Alemanha não tem vitoriosos até 1918. Na frente oriental, os alemães abatem a Rússia. A insatisfação do povo russo provocam as condições para a Revolução de 1917.
     Com a derrota militar da Rússia consumada e o risco de a Alemanha avançar pela frente ocidental e atacar a França, os Estados Unidos entram na guerra e decidem o confronto. O objetivo do país na luta é preservar o equilíbrio de poder na Europa e evitar uma possível hegemonia alemã.
                       

                       A PAZ
     Em julho de 1918, as forças inglesas, francesas e norte-americanas lançam um ataque final. A guerra está praticamente vencida. A Turquia, a Áustria e a Bulgária se rendem. Os bolcheviques, que haviam assumido o poder na Rússia, já tinham assinado paz com a Alemanha, em março de 1918, pelo Tratado de Brest-Litovsk. A fome e a saúde precária da população alemã colocam o país à beira de uma revolução social. Com a renúncia do kaiser, exigida pelos EUA, um conselho provisório negocia a rendição em 11 de novembro de 1918, o que põe fim à guerra. Em 28 de janeiro de 1919 é assinado o Tratado de Versalhes.






segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Revolução Mexicana


   Independente desde 1821, o México só se consolida como Estado nacional entre 1876 e 1910, sob a ditadura de Porfírio Díaz (1830-1915). O país é dominado por uma aristocracia latifundiária, que oprime os camponeses e desagrada às classes médias urbanas. Em 1910, o latifundiário liberal Francisco Madero (1873-1913) capitaliza o descontentamento popular e se lança candidato à sucessão de Díaz. As eleições são fraudadas, Porfírio Díaz vence e tem início um levante popular.
   No norte do país, os rebeldes liderados por Doroteo Arango, conhecido como Pancho Villa (1878-1923), incorporam-se às tropas do general dissidente Victoriano Huerta (1854-1916). No sul, um exército de camponeses organiza-se sob o comando de Emiliano Zapata (1879-1919), e exige uma reforma agrária. Díaz é deposto em 1911 e Madero assume o poder.
   Madero enfrenta dissidências na elite e no campesinato. Zapata se recusa a deixar as armas enquanto não houver reforma agrária. Em 1913, Huerta depõe e assassina Madero e tenta reprimir os camponeses. Villa e Zapata retomas as armas apoiados por um movimento constitucionalista liderado pelo liberal Venustiano Carranza (1859-1920). Huerta é deposto em 1914, Carranza assume o poder e promove reformas sociais, mas a reforma agrária é de novo adiada. Em 1915, Villa e Zapata retomam as armas. Zapata é assassinado em 1919. Villa retira-se da luta em 1920 e é morto três anos depois.
   Carranza é deposto e morto em 1920. O general Álvaro Obregón (1880-1928) assume o poder e consolida a revolução. São formados sindicatos e firma-se a rede educacional.
    O general Lázaro Cárdenas, presidente nacionalista entre 1934 e 1940, aprofunda a reforma agrária e nacionaliza as empresas de petróleo e ferrovias. É sucedido por Manuel Ávila Camacho, que dá inicio a uma faze de desenvolvimento industrial.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Conferência de Berlim 1885


   A Conferência de Berlim reparte quase todo o território da África entre as potências imperialistas europeias. A repartição não respeita os territórios originais dos diferentes povos, agrupando-os ou separando-os de forma arbitrária.

Guerra Franco-Prussiana 1871


Otto von Bismarck
   A Guerra Franco-Prussiana marca o fim da hegemonia francesa na Europa. Reagindo à intenção de Napoleão III de conquistar a Prússia (atual Alemanha), o chanceler prussiano Otto von Bismarck (1815-1898) derrota o Exército francês em 1871 e anexa a Alsácia e a Lorena. No mesmo ano e após guerras consecutivas, Bismarck efetiva a unificação alemã, integrando os Estados germânicos no II Reich (II império).

Unificação da Itália 1870


   Ocorre a unificação italiana, com a integração dos Estados e reinos da península Itálica. Após a Revolução Liberal de 1848, haviam se intensificado os ideais italianos de união do território-dividido até então em sete Estados principais: os reinos da Sardenha, Piemonte, Duas Sicílias e Lombardo-Veneziano; os Estados da Igreja e os ducados de Toscana e Módena. A unificação é defendida por dois grupos: o Jovem Itália (média burguesia e proletariado), que quer um Estado republicano, e o Risorgimento (alta burguesia), que quer uma monarquia liberal. Após longa luta liderada pela Sardenha-Piemonte e tendo como principais atores o Conde de Cavour e Giuseppe Garibaldi, em 1861, o soberano dessas províncias, Vittorio Emanuele II, é proclamado rei. O Estado se consolida em 1870 com a conquista de Roma.

Império Austro-Húngaro


   A Áustria e a Hungria unem-se no Império Austro-Húngaro, originado de agitações nacionalistas que esfacelam o Império Austríaco, comandado pelos Habsburgo. Os dois países mantêm-se como Estados separados, com constituições, governos e parlamentos diferentes. São unidos por um monarca e por ministros comuns para assuntos estrangeiros, de guerra e de finanças. O império abriga povos de outras nacionalidades: tchecos, poloneses, ucranianos, eslovacos, sérvios, romenos, croatas, eslovenos e italianos, que se sentem excluídos. A negativa dos dirigentes austro-húngaros em atender às reivindicações das minorias estimula o nacionalismo e provoca  a dissolução do império no fim da I Guerra Mundial. 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Império Napoleônico

  Napoleão Bonaparte assume o poder de Estado, na França, com o Golpe do 18 Brumário. A Constituição republicana é substituída por outra que concentra todo poder nas mãos do primeiro-cônsul, cargo que Napoleão passa a ocupar. Nesse período, conhecido como Consulado, Napoleão realiza obras de pacificação e de organização dos territórios franceses. Participa da redação do Código Civil, que confirma a vitória da revolução burguesa e influência a legislação de todos os países europeus no século XIX. Institui os princípios de igualdade jurídica, de propriedade das terras e das heranças, a tolerância religiosa e o divórcio.
   Em 1804, é coroado imperador sob o nome de Napoleão I, Napoleão Bonaparte desenvolve uma política expansionista. Domina países europeus, estabelece uma aliança com a Rússia e declara bloqueio continental à Inglaterra em 1807. Em 1810, o império tem 71 milhões de habitantes, dos quais apenas 27 milhões são franceses. Forma-se uma coalizão europeia contra o poderio francês, e Napoleão é obrigado a abdicar, em 1814, após a derrota na campanha russa. Exilado por menos de um ano na ilha de Elba, retorna à França e reconquista o poder no curto ''Governo dos Cem Dias'', sendo derrotado pelos ingleses na Batalha de Waterloo.
   Em 1815, com a derrota de Napoleão, representantes das principais potências europeias reúnem-se no Congresso de Viena para redefinir o mapa da Europa e do mundo. Sob a liderança do Reino Unido, da Áustria, da Prússia e da Rússia, os territórios do Império Napoleônico são redistribuídos entre os países vencedores, restaurando dinastias e fronteiras alteradas pelas guerras napoleônicas. A Santas Aliança, organização política internacional, é fundada com o objetivo de deter novos movimentos revolucionários e garantir o equilíbrio de poder estabelecido entre as potências europeias.

Idade Contemporânea


   Iniciada com a Revolução Francesa, em 1789, estende-se até hoje. É marcada pelos grandes movimentos revolucionários europeus que derrubam o absolutismo e implantam a economia liberal, pelo surgimento do imperialismo, pelas duas guerras mundiais, pela Guerra Fria, pelo estabelecimento dos Estados Unidos como principal potência mundial e pela globalização. O capitalismo consolida-se como sistema econômico dominante.





Revolução Francesa 1789

  

   A Revolução Francesa é um movimento social e político que transforma profundamente a França de 1789 a 1799. Sob o lema '' Liberdade, Igualdade e Fraternidade'', a burguesia revolta-se contra a monarquia absolutista e, com o apoio popular, toma o poder, instaurando a I República. Os revolucionários acabam com os privilégios da nobreza e do clero e livram-se das instituições feudais do antigo regime.
Tomada da Bastilha (prisão que simbolizava o poder monárquico)
Em 14 de julho de 1789.



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Iluminismo


   Corrente de pensamento dominante do século XVIII, o Iluminismo defende o predomínio da razão sobre a fé e estabelece o progresso como destino da humanidade. Seus principais idealizadores são o inglês John Locke (1632-1704), os franceses Montesquieu (1689-1755) e Voltaire (1694-1778) e o suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Representa a visão de mundo da burguesia intelectual da época e tem suas primeiras manifestações na Inglaterra e na Holanda. Alcança especial repercussão na França, onde influencia a Revolução Francesa, fornecendo-lhe o lema, ''Liberdade, Igualdade e Fraternidade''.
   O Iluminismo tem origem no Renascimento, o primeiro grande momento de construção de uma cultura burguesa, na qual a razão e a ciência são a base para o entendimento do mundo. Para o Iluminismo, Deus está na natureza e no homem, que pode descobri-lo por meio da razão, dispensando as religiões. O Iluminismo afirma também que as leis naturais regulam as relações sociais e considera os homens naturalmente bons e iguais entre si (quem os corrompe é a sociedade). Cabe, portanto, transformá-la e garantir a todos liberdade de expressão e de culto, igualdade perante a lei e a defesa contra o arbítrio.
   Na economia, o Iluminismo é representado pela fisiocracia, que considera a terra a única fonte de riqueza de uma nação, e pelo liberalismo econômico, que prega a liberdade de ação dos agentes econômicos no âmbito do mercado.

Independência dos Estados Unidos da América


   Em 1776, a revolta dos colonos na América do Norte contra o Reino Unido leva à independência dos Estados Unidos. O estopim é a Lei do Chá, que dá o monopólio comercial do produto à Companhia Britânica das Índias Orientais, prejudicando os comerciantes locais. Em 1774, no Congresso Continental de Filadélfia, os colonos pedem direitos iguais. Em 1775, declaram guerra à metrópole, na Batalha de Lexington. Thomas Jefferson redige a Declaração de Independência, promulgada em 4 de julho de 1776. Em 1783, a Inglaterra reconhece a independência das 13 colônias pelo tratado de Versalhes.
   A Constituição dos EUA é ratificada em 1787. Ela vira modelo para a maioria das repúblicas surgidas depois. Institui a separação entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e cria um estado federativo, com autonomia dos estados.
George Washington (1732-1799)
Primeiro Presidente dos EUA
  
Thomas Jefferson (1743-1826)
   

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Revolução Industrial


   A Revolução Industrial é o processo de transformação da economia agrária, baseada no trabalho manual, em outra, dominada pela indústria mecanizada, que se caracteriza pelo uso de novas fontes de energia e de máquinas, pela especialização do trabalho, pelo desenvolvimento do transporte e da comunicação e pela aplicação da ciência na indústria. Ela teve início por volta de 1760, na Inglaterra, que dispõe de capital acumulado em razão da expansão comercial, da supermacia naval e das jazidas de ferro e carvão. Provoca mudanças profundas na sociedade: a terra deixa de ser a principal fonte de riqueza; a produção em larga escala gera um excedente que, com o tempo, é direcionado para o mercado internacional; a burguesia amplia seu poder econômico; e o capitalismo se desenvolve. Nascem duas classes opostas: os empresários, donos do capital e dos bens de produção, e os operários, que vendem sua força de trabalho em troca de salário. A Revolução Industrial também muda o caráter do trabalho. O homem se torna complemento da máquina e passa a receber um salário. A produção é dividida em etapas, e o trabalhador executa uma única tarefa.
   No início, os empresários impõem duras condições aos operários, como jornadas de 17 horas, para ampliar a produção e garantir o lucro crescente. Isso provoca revoltas e greves. Surgem organizações que reivindicam melhores condições de trabalho: os sindicatos.                                                    
   A partir de 1870, tem início a II Revolução Industrial, marcada pelo uso de novas fontes de energia (eletricidade e petróleo), pela substituição do ferro pelo aço e pela criação da linha de montagem, idealizada pelo empresário norte-americano Henry Ford (1863-1947), já no início do século XX. Ela se espalha para outros países, como os EUA e o Japão. Criam-se as estratégias de união de empresas para dominar o mercado, como trustes e cartéis.
   A III Revolução Industrial se dá a partir da década de 1950, com a disseminação de empresas multinacionais e da informatização, e surge também a energia nuclear. A indústria se aproxima de centros de pesquisa, criando áreas como microeletrônica, telecomunicações e química fina, e o capital concentra-se ainda mais em um pequeno número de grupos monopolistas, os oligopólios.

Descobrimento da América

   Em 1492, convencido da esfericidade da Terra, o navegador genovês Cristóvão Colombo propõe ao rei espanhol alcançar as Índias pelo oceano Atlântico. Em 12 de outubro, aporta na ilha de San Salvador (Bahamas). 
     1500:  APARECIMENTO DO BRASIL.
   O navegador português Pedro Álvares Cabral e sua esquadra aportam no litoral sul da Bahia em 22 de abril, iniciando a posse das terras que viriam se tornar o Brasil.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Absolutismo

  Nos séculos XVII e XVIII, surgem na Europa os Estados absolutistas. O absolutismo é um sistema de governo em que o poder fica concentrado no monarca:os reis controlam a administração do Estado, a moeda, os impostos, os exércitos e intervêm na economia por meio da políticas mercantilistas. Cria-se uma organização judiciária, a Justiça Real, que se sobrepõe ao fragmentado sistema feudal.
Rei Luís XIV da França
   A centralização ocorre com a crise do feudalismo. Com a expansão comercial, a burguesia disputa o domínio político com os nobres e apoia a concentração do poder. A Reforma Protestante também colabora, pois enfraquece o poder papal e põe as igrejas sob o controle do soberano. Surgem teorias a justificar o absolutismo, como as de Nicolau Maquiavel (1469-1527), Jean Bodin (1530-1595), Thomas Hobbes (1588-1679) e Jacques Bossuet (1627-1704).
   O Estado absolutista típico é a França de Luís XIV (1638-1715). Conhecido como Rei do Sol, teria dito a frase: ''O Estado sou eu''. Henrique VIII (1491-1547) e sua filha Elizabeth I (1533-1603), da Inglaterra, e Pedro I, o Grande, da Rússia (1672-1725), são exemplos de reis absolutistas. O fim do absolutismo vem com a Revolução Gloriosa (1688), na Inglaterra, a Revolução Francesa (1789) e as revoluções liberais do século XIX.

Reforma Protestante


  A Reforma Protestante é uma movimento de caráter religioso, político e econômico que surge na Europa no século XVI. Contesta a estrutura e os dogmas da Igreja Católica e rompe a unidade do cristianismo, dando origem às religiões ditas protestantes. Os reformistas rejeitam a pretensão da Igreja de ser o único acesso ao mundo religioso, questionam a supremacia papal e criticam a venda de indulgências para livrar os fiéis do pecado.
   Ela ocorre paralelamente ao Renascimento (influenciada pelo pensamento humanista), à passagem do feudalismo pelo mercantilismo (que cria a necessidade de uma religião que não veja a usura como pecado) e ao fortalecimento das monarquias nacionais europeias (que querem acabar com os privilégios da Igreja). Os precursores foram os críticos da Igreja John Wycliffe, na Inglaterra, e Jan Huss, na Boêmia, região do Sacro Império Romano-Germânico.
   O primeiro reformista é o alemão Martinho Lutero (1483-1546). A partir de 1517, ele prega a substituição do poder eclesiástico pelo do Estado, a simplificação da liturgia e o fim do celibato clerical e do culto às imagens. É excomungado, mas suas ideias se difundem rapidamente, provocando guerras no Sacro Império Romano-Germânico e terminando com a aceitação do luteranismo pelo imperador.
   Seguem-se os outros dois movimentos, que surgem em 1534. Na França, o religioso João Calvino (1509-1564) prega que o homem deve buscar o lucro por meio do trabalho e de uma vida regrada, que também seriam formas de louvar a Deus. Na Inglaterra, após de ter um pedido de divórcio negado pelo papa e interessado em se sobrepor à autoridade católica em seu país, o rei Henrique VIII (1491-1547) funda a Igreja Anglicana.


             CONTRARREFORMA


  A reação da Igreja Católica à Reforma Protestante fica conhecida como Contrarreforma. Em 1545, o papa Paulo III convoca o Concílio de Trento, que se estende até 1563, para defender a disciplina eclesiástica e a unidade da Igreja. Ele regula as obrigações do clero e limita o excesso de luxo na vida dos religiosos. Também institui o índice de livros proibidos, que relaciona as obras que os católicos não poderiam, sob pena de excomunhão. O órgão encarregado da repressão às heresias e da aplicação das medidas da Contrarreforma é a Inquisição. Para efetivar as mudanças, a Igreja cria ou reorganiza ordens religiosas, como a Companhia de Jesus.



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Idade Moderna

Aconteceu entre os séculos XV e XVIII com grande importância para a formação do cenário mundial.Coisas como o Renascimento, o Iluminismo e a descoberta de novos continentes e outras coisas estão contidas no contexto da Idade Moderna.
Assim a Idade Moderna se configurou por fazer grandes mudanças no modo como que as pessoas viam a igreja e modo de como elas respeitavam a autoridade papal.Grande parte das causas dessa enorme mudança foi o acontecimento da reforma religiosa, reforma que era contra a igreja: questionavam a santidade papal, não apoiava o uso das indulgências pregadas pela igreja e outros outros principios questionados naquela época.
Então a Idade Média foi e será sempre lembrada por ser uma fase de grandes transformações, grandes revoluções e mudanças na forma como olhamos o mundo e também mudou a forma  de como funciona o mundo na religião, economia e descobertas.